Alguns aspectos sobre
dependência emocional.
A dependência emocional
se manifesta por meio de padrões de comportamento, pela dificuldade para tomar
decisões sozinho, por não conseguir dizer não, por não discordar das pessoas
por medo de ser rejeitado, por se colocar sempre em segundo plano ou por fazer
tudo pelos outros com o objetivo de sempre manter a pessoa por perto,
alimentando a dependência. Além disso, também faz parte dessa situação a
incapacidade de se sentir bem sozinho, o ciúme exagerado e exigência de atenção
exclusiva do parceiro, a falta de interesse por outras amizades ou
relacionamentos, a incapacidade de planos pessoais que não envolvam a outra
pessoa, a insegurança no relacionamento e o hábito de ser possessivo e
controlador e não reconhece o seu valor, sempre dividindo o mérito de suas
conquistas com a outra pessoa. Se você vive assim ou se reconheceu em algum
aspecto: parabéns. Você é um dependente emocional.
Vivi em uma “busca
implacável” a vida toda, exatamente como no filme, aquele do Lean Neeson, pois
é, ele destrói metade de um país pra salvar a filha sequestrada, depois a
ex-mulher e, por fim, até ele mesmo precisa ser resgatado. Olha, que baita
analogia essa, hein. Nesse contexto, notei algo errado, tudo bem que demorei 32
anos pra isso, mas após pensar muito, cheguei a essa conclusão. Busquei tanto,
mas tanto, mas muito mesmo, exatamente como a música do Frejat “procuro um amor
que seja bom pra mim, vou procurar, eu vou até o fim...”. Sabe é aquele clipe
que o cara faz umas máquinas voadoras pra ir até a lua, chega lá e se dá conta
que não estava lá o seu amor. Daí olha pra Terra e, mais uma vez, acredita que
agora sim vai encontrar e faz todo o plano pra voltar. Puxa, você não viu o
clipe?! Sério?! Procura aí, é ótimo –
Segredos, Frejat –. Bem, eu construí minha própria máquina voadora e fiz essa
busca, mas me perdi, tropecei, sofri, fiz sofrer, entrei em desespero, corri
atrás e nessa jornada conclui algumas coisinhas. Enfim, não precisamos de
ninguém pra ser parceiro, pra cuidar da gente, pra fazer companhia, pra ser
amigo, pra compartilhar alegria ou pra nos amar. Por favor, não me julguem mal,
não sou um antirrelacionamento. O que quero dizer é que essa pessoa aí, que
cuida, que dá carinho, que alimenta e que apóia incondicionalmente chama-se
mãe. Obviamente, ninguém quer ser sozinho no mundo, não fomos feitos pra
vivermos só, já que vivemos em comunidade desde que o mundo é mundo. A união
afetiva é algo comum pra nossa espécie, porém o que quero dizer em primeiro
lugar é que precisamos de nós. Isso, nós mesmos, o eu antes do nós, o indivíduo
dentro de uma relação. É preciso amar, cuidar, aprimorar, conhecer, viver,
respirar, suspirar, correr, pular, dançar. Nossa, quantos verbos e eles estão
todos no infinitivo, viram? Permitem infinitas possibilidades para que cada ser
único descubra o valor da sua essência pra que esta possa ser dividida
posteriormente com alguém especial. Como é possível conviver com alguém de
forma sadia e eficaz sem que antes saibamos quem somos e o que queremos? Como dar amor se antes disso não nos amarmos
e ainda por cima não soubermos como queremos receber esse amor. Um ser que se
julga incompleto acaba por contentar-se com o pouco que recebe e deixa o outro
comandar sua vida e dizer como vai ser tudo sem nem questionar. Desse modo,
mostramos a forma errada de como alguém deve se relacionar conosco e quando
menos se espera lá se vai outra pessoa da sua vida e assim vamos enchendo um
baú com memórias e fotos velhas.
Nessa “busca implacável”,
lembra que me referi ao filme lá no começo do texto, busca a filha, a ex-mulher
e depois ele acaba se salvando também? Então, o personagem deveria ter se salvo
primeiro, se encontrado, se reconstruído, pra depois poder salvar os outros.
Não, não é egoísmo, é sanidade. Afinal, ninguém pode salvar outra pessoa se estiver
se afogando.
Aprenda, pense,
valorize-se, comente assim vai saber quem é, o que quer e não aceitará menos do
que merece. Seja feliz, seja a razão de sua felicidade, seja sua melhor
companhia.
Reescreva-se,
republique-se, reinvente-se...
Me despeço de vocês com
um pensamento de Ludmila Maciel, “Navegue dentro do seu interior, busque o
auto-conhecimento, a verdade, compreenda cada atitude, cada sentimento...
Desprenda-se do que te faz mal, assim poderás se aproximar de sua plenitude.”
Edição: Lidiane Rodrigues medium.com/@lidsliro
Perfeito texto! Dependência emocional muitas vezes é confundido com amor incondicional. Amor próprio em primeiro lugar! Sempre!
ResponderExcluirObrigado pela participação. Grande abraço.
ExcluirÓtimo texto!
ResponderExcluirDependência Emocional.
Fazer tudo e de tudo pelo parceiro, chegando até mesmo a submeter-se às vontades do outro, deixando seus ideais relegados a segundo plano.
Obrigado pelo comentário.
ExcluirPrimeiro se amar,pra depois amar alguém. E a felicidade está em nossas mãos e só perder o medo e se entregar,o amor tem seus problemas esteja pronta quando ele vier . Hoje eu aprendi me amar em primeiro lugar. Texto muito bom super me identifiquei . 👏🏼
ResponderExcluirQue ótimo, obrigado pela participação.
Excluir